Nelson Teich é o segundo ministro da Saúde a deixar o governo em meio à pandemia de coronavírus
Antes de completar um mês no cargo, o agora ex-ministro da Saúde, Nelson Teich deixou o governo. O motivo da saída de Teich foi uma série de divergências com o presidente Jair Bolsonaro em relação à gestão da pandemia de Covid-19 e ao uso do medicamento cloroquina, substância defendida por Bolsonaro no combate à doença.
O presidente exigiu que o Ministério da Saúde adotasse o protocolo de recomendação da cloroquina para o tratamento de pacientes com Covid-19. No entanto, Teich fez uma publicação no Twitter apontando a falta de comprovação científica da eficácia da cloroquina contra Covid-19 e afirmando que o medicamento pode causar efeitos colaterais.
Nesta semana, Teich sofreu um constrangimento público ao ser informado pela imprensa durante uma entrevista do decreto do presidente publicado na edição extra do Diário Oficial da União do dia 11 de maio que autorizava a abertura de academias, salões de beleza e barbearias. Na ocasião, Teich ficou visivelmente surpreso com a decisão do presidente que não havia passado pelo Ministério da Saúde e apenas comentou não ter a ver com a decisão, que era uma atribuição do presidente e do Ministério da Economia.
A reação de duras críticas a Bolsonaro por parte de governadores, parlamentares e outros políticos foi imediata nas redes sociais.
A presidente da ADUR-RJ, professora Lúcia Sartório, considera que os problemas que circundam o Ministério da Saúde apenas refletem a profunda crise que atravessa o país, desencadeada pela pandemia de Covid-19. “Há um confronto natural pertinente à lógica social estabelecida: uma política de austeridade que leva uma sociedade inteira à exaustão. Obviamente a alternativa necessária é a interrupção da política econômica vigente, que tem como uma de suas facetas a EC 95/2016 e a renúncia de Nelson Teich indicam a incompetência de um governo que se mantém pelo grito”, explica Lúcia.
A crise do Ministério da Saúde durante a pandemia já vêm se arrastando desde antes da queda do ministro antecessor de Teich, Luiz Henrique Mandetta, que também saiu por causa de conflitos com o presidente. Desde o início do governo, 11 ministros já deixaram a gestão de Bolsonaro.
Enquanto o presidente Jair Bolsonaro cria cada vez mais conflitos políticos e ideológicos, o número de mortes por Covid-19 no Brasil já passa de 800 por dia, totalizando mais de 14 mil vidas brasileiras perdidas desde o início da pandemia.
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